Princípio ativo: succinato de desvenlafaxina monoidratado
Pristiq
Laboratório
Wyeth
Apresentação de Pristiq
50 ou 100 mg: Cartucho com 7, 14 e 28 comprimidos revestidos de liberação controlada
Pristiq – Indicações
Pristiq (succinato de desvenlafaxina monoidratado) é indicado para o tratamento do transtorno depressivo maior (TDM). Pristiq (succinato de desvenlafaxina monoidratado) não é indicado para uso em nenhuma população pediátrica.
Contra-indicações de Pristiq
Hipersensibilidade ao succinato de desvenlafaxina monoidratado, ao cloridrato de venlafaxina ou a qualquer excipiente da formulação. A desvenlafaxina é um inibidor da recaptação da serotonina e da norepinefrina. Pristiq (succinato de desvenlafaxina monoidratado) não deve ser usado em associação a um inibidor da monoaminoxidase (IMAO) ou em, no mínimo, 14 dias após a descontinuação do tratamento com um IMAO. Com base na meia-vida do succinato de desvenlafaxina monoidratado, deve-se esperar no mínimo 7 dias após a interrupção do Pristiq (succinato de desvenlafaxina monoidratado) antes de iniciar um IMAO.
Advertências
Piora Clínica de Sintomas Depressivos, Alterações Incomuns de Comportamento e Suicidalidade Pristiq (succinato de desvenlafaxina monoidratado) é um IRSN (Inibidor da Recaptação de Serotonina e Norepinefrina), uma classe de medicamentos que pode ser usada para tratar a depressão. Todos os pacientes tratados com a desvenlafaxina devem ser monitorados adequadamente e observados atentamente para piora clínica e suicidalidade. Os pacientes, seus familiares e seus cuidadores devem ser estimulados a ficarem alertas ao aparecimento de ansiedade, agitação, ataques de pânico, insônia, irritabilidade, hostilidade, agressividade, impulsividade, acatisia (agitação psicomotora), hipomania, mania, outras alterações incomuns de comportamento, piora da depressão e ideação suicida, especialmente ao iniciar a terapia ou durante qualquer alteração da dose ou do esquema posológico. O risco de tentativa de suicídio deve ser considerado, especialmente em pacientes deprimidos e a menor quantidade do medicamento, compatível com o bom tratamento do paciente, deve ser fornecida para reduzir o risco de superdose. O suicídio é um risco conhecido da depressão e de alguns outros transtornos psiquiátricos e esses transtornos por si só são fortes preditores de suicídio. As análises agrupadas de estudos controlados por placebo de curto prazo de medicamentos antidepressivos (ISRSs e outros) demonstraram que esses medicamentos aumentam o risco de suicidalidade em crianças, adolescentes e adultos jovens (18 a 24 anos de idade) com depressão maior e outros transtornos psiquiátricos. Os estudos de curto prazo não demonstraram um aumento do risco de suicidalidade com antidepressivos em comparação ao placebo em adultos com mais de 24 anos; houve uma redução do risco de suicidalidade com antidepressivos em comparação ao placebo em adultos com 65 anos ou mais. Mania/Hipomania Em estudos clínicos, a mania foi relatada para 0,1% dos pacientes tratados com a desvenlafaxina. A ativação da mania/hipomania também foi relatada em uma pequena proporção de pacientes com transtorno afetivo maior que foram tratados com outros antidepressivos comercializados. Como ocorre com todos os antidepressivos, a desvenlafaxina deve ser usada com cautela em pacientes com história ou história familiar de mania ou hipomania (ver Reações Adversas). Síndrome da Serotonina Como ocorre com outros agentes serotoninérgicos, o desenvolvimento de uma síndrome da serotonina potencialmente fatal pode ocorrer com o tratamento com a desvenlafaxina, particularmente com o uso concomitante de outros medicamentos serotoninérgicos (incluindo ISRSs, IRSNs e triptanos) e com medicamentos que prejudicam o metabolismo da serotonina (incluindo os IMAOs). Os sintomas da síndrome da serotonina podem incluir alterações do estado mental (por exemplo, agitação, alucinações e coma), instabilidade autônoma (por exemplo, taquicardia, pressão arterial instável e hipertermia), aberrações neuromusculares (por exemplo, hiperreflexia, incoordenação) e/ou sintomas gastrintestinais (por exemplo, náusea, vômitos e diarréia) (ver Interações Medicamentosas). Se o tratamento concomitante com a desvenlafaxina e um ISRS, outro IRSN ou um agonista do receptor da 5-hidroxitriptamina (triptano) for clinicamente justificado, recomenda-se a observação rigorosa do paciente, particularmente durante o início do tratamento e os aumentos da dose. O uso concomitante da desvenlafaxina com precursores da serotonina (como suplementos de triptofano) não é recomendado. Glaucoma de Ângulo Fechado Midríase foi relatada em associação à desvenlafaxina; portanto, pacientes com pressão intra-ocular aumentada ou aqueles em risco de glaucoma de ângulo estreito fechado devem ser monitorados (ver Reações Adversas). PRECAUÇÕES Administração Concomitante de Medicamentos Contendo venlafaxina e/ou desvenlafaxina A desvenlafaxina é o principal metabólito ativo da venlafaxina. Os produtos contendo succinato de desvenlafaxina monoidratado não devem ser usados concomitantemente com os produtos contendo cloridrato de venlafaxina ou outros produtos contendo succinato de desvenlafaxina monoidratado. Efeitos sobre a Pressão Arterial Os aumentos da pressão arterial foram observados em alguns pacientes em estudos clínicos, particularmente com doses maiores. Hipertensão preexistente deve ser controlada antes do tratamento com a desvenlafaxina. Pacientes que recebem a desvenlafaxina devem apresentar monitoração regular da pressão arterial. Casos de pressão arterial elevada com necessidade de tratamento imediato foram relatados com a desvenlafaxina. Os aumentos mantidos da pressão arterial podem ter conseqüências adversas. Para os pacientes que apresentam um aumento mantido da pressão arterial enquanto recebem a desvenlafaxina, a redução da dose ou a descontinuação deve ser considerada. Deve-se ter cautela com pacientes com condições clínicas que possam ser afetadas por aumentos da pressão arterial (ver Reações Adversas). Cardiovascular/Vascular Cerebral Deve-se ter cautela na administração da desvenlafaxina a pacientes com distúrbios cardiovasculares ou vasculares cerebrais. Aumentos da pressão arterial e da freqüência cardíaca foram observados em estudos clínicos com a desvenlafaxina. A desvenlafaxina não foi avaliada sistematicamente em pacientes com história recente de infarto do miocárdio, doença cardíaca instável, hipertensão não-controlada ou doença vascular cerebral. Os pacientes com esses diagnósticos, exceto doença vascular cerebral, foram excluídos dos estudos clínicos (ver Reações Adversas). Angina Instável A desvenlafaxina não foi sistematicamente avaliada em pacientes com angina instável, portanto seu uso não é recomendado nessa população. Lipídios Séricos Aumentos, relacionados à dose de desvenlafaxina, do colesterol total sérico, do colesterol LDL (lipoproteína de baixa densidade) e dos triglicerídeos foram observados em estudos clínicos. O controle periódico dos lipídios séricos deve ser realizado durante o tratamento com a desvenlafaxina, ficando a critério médico a freqüência desse controle. Convulsões Casos de convulsão foram relatados em estudos clínicos pré-comercialização com a desvenlafaxina. A desvenlafaxina não foi avaliada sistematicamente em pacientes com transtorno convulsivo. Os pacientes com história de convulsões foram excluídos dos estudos clínicos pré-comercialização. Pristiq (succinato de desvenlafaxina monoidratado) deve ser prescrito com cautela nesses pacientes (ver Reações Adversas). Efeitos da Descontinuação do Tratamento com Pristiq (succinato de desvenlafaxina monoidratado) Durante a comercialização dos IRSNs (Inibidores da Recaptação de Serotonina e Norepinefrina) e ISRSs (Inibidores Seletivos da Recaptação da Serotonina), houve relatos espontâneos de eventos adversos que ocorreram na descontinuação desses medicamentos, especialmente quando repentina, incluindo os seguintes: humor disfórico, irritabilidade, agitação, tontura, distúrbios sensoriais (por exemplo, parestesias como sensações de choque elétrico), ansiedade, confusão, dores de cabeça, letargia, labilidade emocional, insônia, hipomania, tinido e convulsões. Embora esses eventos sejam, geralmente, auto-limitados, houve relatos de sintomas sérios de descontinuação. Os pacientes devem ser monitorados para sintomas na descontinuação do tratamento com Pristiq (succinato de desvenlafaxina monoidratado). Uma redução gradativa da dose em vez da interrupção repentina é recomendada sempre que possível. Se ocorrerem sintomas intoleráveis após uma diminuição da dose ou na descontinuação do tratamento, o reinício da dose anteriormente prescrita deve ser considerado (ver Posologia e Reações Adversas). Sangramento Anormal Os IRSNs e ISRSs, incluindo Pristiq (succinato de desvenlafaxina monoidratado), podem aumentar o risco de eventos de sangramento. O uso concomitante de aspirina, drogas antiinflamatórias não esteroidais, varfarina e outros anti-coagulantes pode contribuir para este risco. Relatos de caso e estudos epidemiológicos (controle de caso e desenho de coorte) demonstraram uma associação entre o uso de drogas que interferem na reabsorção da serotonina e ocorrência de sangramento gastrintestinal. Sangramentos relacionados aos IRSNs e ISRSs variaram de equimose, hematoma, epistaxe e petéquia a hemorragias potencialmente fatais. Os pacientes devem ser instruídos sobre o risco de sangramento associado ao uso concomitante de Pristiq (succinato de desvenlafaxina monoidratado) e antinflamatórios não esteroidais, aspirina ou outras drogas que afetam a coagulação ou sangramento. Os medicamentos que inibem a captação de serotonina nas plaquetas podem resultar em anormalidades de agregação plaquetária. Como ocorre com outros agentes que inibem a recaptação da serotonina, a desvenlafaxina deve ser usada com cautela em pacientes predispostos a sangramento. Insuficiência renal Em pacientes com insuficiência renal moderada ou grave ou com doença renal em estágio final (DREF), o clearance de Pristiq (succinato de desvenlafaxina monoidratado) estava diminuído, prolongando assim a meia vida de eliminação da droga. Como resultado, houve aumento potencial e clinicamente significativo da exposição ao Pristiq (succinato de desvenlafaxina monoidratado). O ajuste de dosagem (50 mg em dias alternados) é necessário para pacientes com insuficiência renal grave ou DREF. As doses não devem ser escalonadas em pacientes com insuficiência renal moderada ou grave ou DREF. Hiponatremia Casos de hiponatremia e/ou da Síndrome da Secreção Inadequada do Hormônio Antidiurético (SIADH) foram descritos com IRSNs e ISRSs, geralmente em pacientes hipovolêmicos ou desidratados, incluindo pacientes idosos e pacientes que tomam diuréticos (ver Reações Adversas). Efeitos sobre as Atividades que Requerem Concentração Interferência com o desempenho cognitivo e motor: Os resultados de um estudo clínico que avaliou os efeitos da desvenlafaxina sobre o desempenho comportamental de indivíduos saudáveis não revelou comprometimento clinicamente significativo do desempenho psicomotor, cognitivo ou do comportamento complexo. No entanto, como qualquer medicamento ativo do SNC pode prejudicar o julgamento, o raciocínio ou as habilidades motoras, os pacientes devem ser avisados sobre a operação de maquinário perigoso, incluindo automóveis, até que estejam razoavelmente certos de que a terapia com a desvenlafaxina não tem efeito adverso sobre a sua capacidade de desempenhar essas atividades. Doença pulmonar intersticial e pneumonia eosinofílica Doença pulmonar intersticial e pneumonia eosinofílica associadas à terapia com venlafaxina [a droga mãe de Pristiq (succinato de desvenlafaxina monoidratado) foram raramente relatadas. A possibilidade desses efeitos adversos deve ser considerada em pacientes tratados com Pristiq (succinato de desvenlafaxina monoidratado) que desenvolvem dispnéia progressiva, tosse ou desconforto torácico. Esses pacientes devem ser submetidos a uma avaliação médica imediata e deve-se considerar a descontinuação do Pristiq (succinato de desvenlafaxina monoidratado). ABUSO E DEPENDÊNCIA Dependência Física e Psicológica: Embora a desvenlafaxina não tenha sido estudada sistematicamente em estudos pré-clínicos ou clínicos quanto a seu potencial para abuso, não foi observada nenhuma indicação de comportamento de busca por droga nos estudos clínicos.
Uso na gravidez de Pristiq
A segurança da desvenlafaxina na gravidez em humanos não foi estabelecida. A desvenlafaxina só deve ser administrada a mulheres grávidas se os benefícios esperados superarem os possíveis riscos. Se a desvenlafaxina for usada até ou logo antes do nascimento, os efeitos da descontinuação no recém-nascido devem ser considerados. Complicações, incluindo a necessidade de suporte respiratório, alimentação por sonda ou hospitalização prolongada, foram relatadas em recém-nascidos expostos a IRSNs ou ISRSs no final do terceiro trimestre. Essas complicações podem surgir imediatamente após o parto. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista. Lactação A desvenlafaxina (O-desmetilvenlafaxina) é excretada no leite humano. Devido ao potencial para reações adversas sérias em lactentes devido à exposição à desvenlafaxina, deve-se decidir pela descontinuação ou não da amamentação ou pela descontinuação do medicamento, levando em consideração a importância do medicamento para a mãe. Administrar a desvenlafaxina a lactantes apenas se os benefícios esperados superarem os riscos possíveis. Uso Pediátrico A segurança e a eficácia do uso de Pristiq (succinato de desvenlafaxina monoidratado) em pacientes com menos de 18 anos de idade não foram estabelecidas.
Interações medicamentosas de Pristiq
Inibidores da Monoaminoxidase (IMAOs) As reações adversas, algumas das quais foram sérias, foram relatadas em pacientes que recentemente descontinuaram um inibidor da monoaminoxidase (IMAO) e iniciaram o tratamento com antidepressivos com propriedades farmacológicas semelhantes às da desvenlafaxina (IRSNs ou ISRSs) ou que recentemente descontinuaram a terapia com IRSN ou ISRS antes do início de um IMAO. O uso concomitante da desvenlafaxina em pacientes tomando inibidores da monoaminoxidase (IMAOs) é contra-indicado (ver Advertências). Pelo menos 14 dias devem se passar entre a descontinuação de um IMAO e a introdução da terapia com Pristiq (succinato de desvenlafaxina monoidratado). Além disso, deve haver pelo menos 7 dias de intervalo após a interrupção de Pristiq (succinato de desvenlafaxina monoidratado) antes do início de um IMAO. Agentes Ativos do Sistema Nervoso Central O risco de usar a desvenlafaxina em combinação com outros medicamentos ativos do Sistema Nervoso Central (SNC) não foi avaliado sistematicamente. Deve-se ter cautela quando a desvenlafaxina for tomada em associação a outros medicamentos ativos do SNC. Síndrome da Serotonina Como ocorre com outros agentes serotoninérgicos, a síndrome da serotonina, uma condição potencialmente fatal, pode ocorrer com o tratamento com a desvenlafaxina, particularmente com o uso concomitante de outros agentes que podem afetar o sistema neurotransmissor serotonérgico (incluindo triptanos, ISRSs, outros IRSNs, lítio, sibutramina, tramadol ou Erva de São João [Hypericum perforatum), com medicamentos que prejudicam o metabolismo da serotonina (como os IMAOs, incluindo a linezolida [um antibiótico que é um IMAO não-seletivo reversível, ver Contra-Indicações) ou com precursores da serotonina (como suplementos de triptofano). Os sintomas da síndrome da serotonina podem incluir alterações do estado mental, instabilidade autônoma, aberrações neuromusculares e/ou sintomas gastrintestinais. Se o tratamento concomitante da desvenlafaxina com um ISRS, um IRSN ou um agonista do receptor de 5-hidroxitriptamina (triptano) for clinicamente justificado, recomenda-se a observação rigorosa do paciente, especialmente durante o início do tratamento e os aumentos da dose. O uso concomitante da desvenlafaxina com precursores da serotonina (como suplementos de triptofano) não é recomendado (ver Advertências). Drogas que Interferem na Hemostase (por ex., antinflamatórios não esteroidais, aspirina e varfarina) A liberação de serotonina pelas plaquetas desempenha um importante papel na hemostase. Estudos epidemiológicos de controle de caso e desenho de coorte demostraram uma associação entre o uso de drogas psicotrópicas que interferem na reabsorção de serotonina e a ocorrência de sangramento gastrintestinal superior. Esses estudos demonstraram, ainda, que o uso concomitante de antinflamatórios não esteroidais ou aspirina pode potencializar esse risco de sangramento. Efeitos anticoagulantes alterados, incluindo o aumento de sangramento, foram relatados quando IRSNs e ISRSs são co-administrados com varfarina. Os pacientes recebendo terapia com varfarina devem ser cuidadosamente monitorados quando a terapia com Pristiq (succinato de desvenlafaxina monoidratado) é iniciada ou descontinuada. etanol Um estudo clínico demonstrou que a desvenlafaxina não aumenta o comprometimento das habilidades mentais e motoras causadas pelo etanol. No entanto, como ocorre com todos os medicamentos ativos do SNC, os pacientes devem ser aconselhados a evitar o consumo de álcool enquanto estiverem tomando a desvenlafaxina. Potencial de Outros Medicamentos Afetarem a desvenlafaxina Inibidores da CYP3A4 A CYP3A4 está minimamente envolvida na eliminação da desvenlafaxina. Em um estudo clínico, o cetoconazol (200 mg, 2x/dia) aumentou a área sob a curva de concentração vs. tempo (AUC) da desvenlafaxina (dose única de 400 mg) em cerca de 43%, uma interação fraca e a Cmáx em aproximadamente 8%. O uso concomitante da desvenlafaxina com inibidores potentes da CYP3A4 pode resultar em concentrações maiores da desvenlafaxina. Inibidores de Outras Enzimas CYP Com base em dados in vitro, não se espera que os medicamentos que inibem as isoenzimas CYP 1A1, 1A2, 2A6, 2D6, 2C8, 2C9, 2C19 e 2E1 tenham impacto significativo sobre o perfil farmacocinético da desvenlafaxina. Potencial da desvenlafaxina de Afetar Outros Medicamentos Medicamentos Metabolizados pela CYP2D6 Estudos clínicos demonstram que a desvenlafaxina é um inibidor fraco da CYP2D6 na dose de 100 mg diariamente. Quando o succinato de desvenlafaxina monoidratado foi administrado na dose de 100 mg diariamente em associação a uma dose única de 50 mg de desipramina, um substrato da CYP2D6, a AUC da desipramina aumentou aproximadamente 17%. Quando a dose de 400 mg foi administrada, a AUC da desipramina aumentou aproximadamente 90%. O uso concomitante da desvenlafaxina com um medicamento metabolizado pela CYP2D6 pode resultar em concentrações maiores desse medicamento. Medicamentos Metabolizados pela CYP3A4 In vitro, a desvenlafaxina não inibe nem induz as isoenzimas CYP3A4. Em um estudo clínico, a desvenlafaxina (400 mg diariamente) diminuiu a AUC do midazolam (dose única 4 mg), um substrato da CYP3A4, em aproximadamente 31%. O uso concomitante da desvenlafaxina com um medicamento metabolizado pela CYP3A4 pode resultar em exposições menores a esse medicamento. Medicamentos Metabolizados pela CYP1A2, 2A6, 2C8, 2C9 e 2C19 In vitro, a desvenlafaxina não inibe as isoenzimas CYP1A2, 2A6, 2C8, 2C9 e 2C19 e não seria de se esperar que afetasse a farmacocinética dos medicamentos que são metabolizados por essas isoenzimas do CYP. Transportador da Glicoproteína P In vitro, a desvenlafaxina não é substrato nem inibidor do transportador da glicoproteína P. Terapia Eletroconvulsiva Não há dados clínicos que estabeleçam os riscos e/ou benefícios da terapia eletroconvulsiva combinada ao tratamento do TDM com a desvenlafaxina. 10. POSSÍVEIS ALTERAÇÕES LABORATORIAIS Houve relatos incomuns (Pristiq (succinato de desvenlafaxina monoidratado). Lipídios Elevações no colesterol sérico total em jejum, colesterol LDL (lipoproteína de baixa densidade) e triglicérides ocorreram nos estudos controlados. Algumas dessas anormalidades foram consideradas potencial e clinicamente significativas (ver Precauções e Advertências). A porcentagem de pacientes que excedeu o valor limítrofe pré-determinado consta na Tabela 1. Tabela 1: Incidência (%) de Pacientes com Anormalidades Lipídicas de Significância Clínica Potencial* ( vide bula original)
Reações adversas / Efeitos colaterais de Pristiq
Experiência dos Estudos Clínicos A segurança pré-comercialização da desvenlafaxina foi estabelecida em um total de 3.292 pacientes que foram expostos a, no mínimo, uma dose de desvenlafaxina variando de 50 a 400 mg/dia em estudos clínicos de TDM. A segurança a longo prazo foi avaliada em 1.070 pacientes em estudos de TDM que foram expostos à desvenlafaxina por, no mínimo, 6 meses, com 274 pacientes expostos por 1 ano. Reações Adversas A lista de reações adversas a seguir foi relatada por pacientes tratados com a desvenlafaxina em todo o intervalo de dose estudado (50 a 400 mg) durante os estudos pré-comercialização a curto e longo prazos. Em geral, as reações adversas foram mais freqüentes na primeira semana de tratamento. As reações adversas são categorizadas por sistema corpóreo e relacionadas em ordem de freqüência decrescente usando as seguintes definições: A freqüência esperada das reações adversas é apresentada de acordo com as categorias de freqüência: Muito Comum: > 10% Comum: > 1% e < 10% Incomum: > 0,1% e < 1% Rara: > 0,01% e < 0,1% Muito Rara: < 0,01% Classe de Sistema/Órgão Reação Adversa Distúrbios cardíacos Comum palpitações, taquicardia Distúrbios auditivos e do labirinto Comum tinido Distúrbios oculares Comum visão anormal, midríase Distúrbios gastrintestinais Muito comum náusea, boca seca, constipação Comum diarréia, vômitos Classe de Sistema/Órgão Reação Adversa Distúrbios gerais Muito comum fadiga Comum calafrios, astenia, nervosismo, irritabilidade Incomum síndrome de abstinência do medicamento Distúrbios do sistema imunológico Incomum hipersensibilidade Exames Comum aumento de peso, elevação da pressão arterial, perda de peso, colesterol sangüíneo aumentado Incomum triglicerídeos sangüíneos aumentados, prova de função hepática anormal, prolactina sangüínea aumentada Distúrbios metabólicos e nutricionais Comum apetite diminuído Distúrbios musculoesqueléticos, do tecido conjuntivo e dos ossos Comum rigidez musculoesquelética Distúrbios do sistema nervoso Muito comum tontura Comum sonolência, tremor, parestesia, disgeusia, transtorno de atenção Incomum síncope Em um estudo conduzido com indivíduos saudáveis que utilizou os registros de polissonografia (PSG) e eletroencefalogramas (EEGs), obtidos durante o dia, para confirmar a potencial atividade antidepressiva, a desvenlafaxina aumentou a latência e reduziu a duração do sono REM. Os efeitos foram observados com a administração de doses diárias de 150 mg, 300 mg e 600 mg. Transtornos psiquiátricos Muito comum insônia Comum ansiedade, sonhos anormais, nervosismo, diminuição da libido, anorgasmia, orgasmo anormal Incomum despersonalização, hipomania Distúrbios renais e urinários Comum hesitação urinária Raro proteinúria Distúrbios do sistema reprodutivo e das mamas Comum disfunção erétil, ejaculação tardia Distúrbios respiratórios, torácicos e mediastinais Comum bocejos Incomum epistaxe Distúrbios da pele e do tecido subcutâneo Muito comum hiperidrose Comum erupção cutânea Distúrbios vasculares Comum fogachos Incomum hipotensão ortostática Eventos Adversos Cardíacos Isquêmicos Nos estudos clínicos, houve relatos incomuns de eventos adversos cardíacos isquêmicos, incluindo isquemia do miocárdio, infarto do miocárdio e obstrução coronariana com necessidade de revascularização; esses pacientes apresentavam múltiplos fatores de risco cardíaco subjacentes. Mais pacientes apresentaram esses eventos durante o tratamento com a desvenlafaxina em comparação ao placebo (ver Precauções). Angina Instável Especificamente, em um estudo da desvenlafaxina para o tratamento de sintomas vasomotores em mulheres na pós-menopausa, eventos adversos cardíacos isquêmicos foram observados em cinco mulheres recebendo doses de desvenlafaxina superiores a 200 mg/dia. Estas pacientes tinham múltiplos fatores de risco subjacentes. Sintomas da Descontinuação Transtorno Depressivo Maior As reações adversas ao medicamento relatadas em associação à descontinuação repentina, à redução da dose ou à descontinuação gradativa do tratamento em estudos clínicos de TDM em uma taxa >5% incluem: tontura, náusea, cefaléia, irritabilidade, diarréia, ansiedade, sonhos anormais, fadiga e hiperidrose. Em geral, os sintomas da descontinuação ocorreram mais freqüentemente com a duração prolongada da terapia (ver Posologia e Precauções). Reações Adversas que Resultaram em Descontinuação da Terapia Transtorno Depressivo Maior As reações adversas mais comuns que resultaram em descontinuação em no mínimo 2% dos pacientes tratados com a desvenlafaxina nos estudos a curto prazo, até 8 semanas, foram: náusea (4%); tontura e vômitos (2% cada); no estudo a longo prazo, até 9 meses, a mais comum foi presença vômitos (2%).
Pristiq – Posologia
Transtorno Depressivo Maior (TDM) A dose recomendada de Pristiq (succinato de desvenlafaxina monoidratado) é de 50 mg uma vez por dia, com ou sem alimentos. Nos estudos clínicos de dose fixa, as doses de 50-400 mg/dia demonstraram ser eficazes, embora nenhum outro benefício fosse demonstrado nas doses maiores que 50 mg/dia. Com base no julgamento clínico, se o aumento de dose for indicado para alguns pacientes, deve ocorrer gradativamente e em intervalos de no mínimo 7 dias. A dose máxima não deve exceder 200 mg/dia. Uso em Pacientes com Insuficiência Renal Transtorno Depressivo Maior (TDM): A dose inicial recomendada em pacientes com insuficiência renal grave (CrCl de 24h
Superdosagem
Experiência em Humanos Há experiência clínica limitada com a superdosagem do succinato de desvenlafaxina monoidratado em humanos. Entre os pacientes incluídos nos estudos de TDM pré-comercialização do succinato de desvenlafaxina monoidratado, houve quatro adultos que ingeriram doses maiores que 800 mg do succinato de desvenlafaxina monoidratado (4.000 mg [desvenlafaxina isoladamente, 900, 1.800 e 5.200 mg [em associação com outros medicamentos); todos os pacientes se recuperaram. Além disso, uma criança de 11 meses de idade, filha de um paciente, ingeriu acidentalmente 600 mg do succinato de desvenlafaxina monoidratado, foi tratada e se recuperou. Tratamento da Superdosagem Não se conhece nenhum antídoto específico para a desvenlafaxina. A indução de vômitos não é recomendada. Devido ao volume moderado de distribuição desse medicamento, é improvável que a diurese forçada, a diálise, a hemoperfusão e a exsangüíneo transfusão sejam benéficas. O tratamento deve consistir das medidas gerais utilizadas no tratamento de superdosagem com qualquer ISRS/IRNS. Garantir vias aéreas, oxigenação e ventilação adequadas. Monitorar o ritmo cardíaco e os sinais vitais. Medidas de suporte geral e sintomáticas também são recomendadas. Lavagem gástrica com uma sonda orogástrica de grosso calibre com proteção adequada das vias aéreas, se necessária, pode ser indicada se realizada logo após a ingestão ou em pacientes sintomáticos. Carvão ativado deve ser administrado.
Pristiq – Informações
Estudos pré-clínicos demonstraram que a desvenlafaxina é um inibidor seletivo da recaptação da serotonina e da norepinefrina (IRSNs). A eficácia clínica da desvenlafaxina está relacionada à potencialização desses neurotransmissores no Sistema Nervoso Central. A desvenlafaxina não possui afinidade significativa por vários receptores, incluindo receptores muscarínicocolinérgicos, histaminérgicos H1 ou alfa1-adrenérgicos in vitro. Foi sugerido que a atividade farmacológica nesses receptores está associada a vários efeitos anticolinérgicos, sedativos e cardiovasculares observados com outros medicamentos psicotrópicos. No mesmo ensaio abrangente de perfil de ligação, a desvenlafaxina também não apresentou afinidade significativa por vários canais iônicos, incluindo canais de íon cálcio, cloreto, potássio e sódio. Também não apresentou atividade inibitória na monoaminoxidase (MAO). A desvenlafaxina não apresentou atividade significativa no estudo do canal de potássio cardíaco (hERG) in vitro. Em modelos pré-clínicos com roedores, a desvenlafaxina demonstrou atividade preditiva de ações antidepressivas, ansiolíticas, termoreguladoras e propriedades inibitórias da dor. Propriedades Farmacocinéticas A farmacocinética de dose única da desvenlafaxina é linear e proporcional à dose em um intervalo de dose de 100 a 600 mg/dia. A meia-vida terminal média, t1/2, é de aproximadamente 11 horas. Com a administração uma vez por dia, as concentrações plasmáticas no estado de equilíbrio são atingidas em aproximadamente 4 – 5 dias. No estado de equilíbrio, o acúmulo de doses múltiplas da desvenlafaxina é linear e previsível a partir do perfil farmacocinético de dose única. A farmacocinética da desvenlafaxina foi completamente avaliada em mulheres e homens. Houve diferenças mínimas com base no sexo; os dados de todos os indivíduos são apresentados a seguir. Absorção e Distribuição O succinato de desvenlafaxina monoidratado é bem-absorvido, com uma biodisponibilidade oral absoluta de 80%. O tempo médio para a concentração plasmática máxima (Tmáx) é de cerca de 7,5 horas após a administração oral. A AUC e a Cmáx de 6.747 ng.h/mL e 376 ng/mL, respectivamente, são obtidas após uma dose única de 100 mg. Efeitos dos Alimentos Um estudo do efeito da presença de alimentos envolvendo a administração da desvenlafaxina a indivíduos saudáveis em jejum e na presença de alimentos (refeição com alto teor de gordura) indicou que a Cmáx aumentou cerca de 16% na presença de alimentos, enquanto as AUCs foram semelhantes. Essa diferença não é clinicamente significativa; portanto, a desvenlafaxina pode ser tomada independentemente das refeições. A ligação a proteínas plasmáticas da desvenlafaxina é baixa (30%) e independente da concentração do medicamento. O volume de distribuição da desvenlafaxina em estado de equilíbrio após a administração intravenosa é de 3,4 L/kg, indicando a distribuição em compartimentos não-vasculares. Metabolismo e Eliminação Aproximadamente 45% da desvenlafaxina é excretada inalterada na urina. A desvenlafaxina é metabolizada principalmente por conjugação (mediada por isoformas da UGT, incluindo UGT1A1, UGT1A3, UGT2B4, UGT2B15 e UGT2B17) e, em menor grau, através do metabolismo oxidativo. Aproximadamente 19% da dose administrada é excretada como o metabólito glicuronídeo e < 5% como o metabólito oxidativo (N, Odidesmetilvenlafaxina) na urina. A CYP3A4 é a isoenzima do citocromo P450 predominante que age como mediador do metabolismo oxidativo (N-desmetilação) da desvenlafaxina. Populações Especiais Idosos Em um estudo conduzido com indivíduos saudáveis que receberam doses de até 300 mg, houve uma redução dependente da idade da depuração (clearance) da desvenlafaxina, resultando em um aumento de 32% da Cmáx e um aumento de 55% dos valores sob a curva (AUC) dos indivíduos com mais de 75 anos em comparação aos indivíduos entre 18 - 45 anos. Não foram observadas diferenças em relação à segurança ou eficácia entre pacientes mais idosos (> 65 anos de idade) e pacientes mais jovens, mas não se pode desconsiderar a maior sensibilidade de alguns pacientes mais idosos. Não houve necessidade de ajuste de dose exclusivamente com base na idade; entretanto, uma possível redução da depuração (clearance) renal da desvenlafaxina deve ser considerada ao determinar a dose (ver Posologia e Uso em Idosos, Crianças e Outros Grupos de Risco) a ser utilizada. Uso Pediátrico A segurança e a eficácia nos pacientes com menos de 18 anos de idade não foram estabelecidas. Pacientes com Insuficiência Renal A farmacocinética do succinato de desvenlafaxina monoidratado 100 mg foi estudada em indivíduos com insuficiência renal leve (n = 9), moderada (n = 8) e grave (n = 7) e doença renal em estágio terminal (DRET) com necessidade de diálise (n = 9) e em indivíduos controle saudáveis pareados por idade (n = 8). A eliminação foi significativamente correlacionada com a depuração de creatinina. A depuração corpórea total foi reduzida em 29% na insuficiência renal leve, 39% na moderada, 51% na grave e 58% na DRET em comparação a indivíduos saudáveis. Essa depuração reduzida resultou em aumentos das AUCs de 42% nos indivíduos com insuficiência renal leve, 46% moderada e 108% grave (CrCl de 24 h, 30 mL/min) e 116% nos indivíduos com DRET. A meia-vida terminal média (t1/2) foi prolongada de 11,1 horas nos indivíduos saudáveis para 13,5; 15,5; 17,6 e 22,8 horas em indivíduos com insuficiência renal leve, moderada, grave e com DRET, respectivamente. Menos de 5% do medicamento no organismo foi depurado durante um procedimento de hemodiálise padrão de 4 horas. Portanto, doses complementares não devem ser administradas a pacientes após a diálise. O ajuste de dose é recomendado em pacientes com insuficiência da função renal significativa (ver Posologia). Pacientes com Insuficiência Hepática A farmacocinética do succinato de desvenlafaxina monoidratado 100 mg foi estudada em indivíduos com insuficiência hepática leve (Child-Pugh A, n = 8), moderada (Child- Pugh B, n = 8), grave (Child-Pugh C, n = 8) e em indivíduos saudáveis (n = 12). A AUC média foi aumentada em aproximadamente 31% e 35% nos pacientes com insuficiência hepática moderada e grave, respectivamente, em comparação aos indivíduos saudáveis. Os valores médios de AUC foram equivalentes em indivíduos com insuficiência hepática leve e em indivíduos saudáveis (diferença < 5%). A depuração sistêmica (CL/F) foi diminuída em aproximadamente 20% e 36% em pacientes com insuficiência hepática moderada e grave, respectivamente, em comparação a indivíduos saudáveis. Os valores de CL/F foram equivalente em indivíduos com insuficiência hepática leve e em indivíduos saudáveis (diferença < 5%). A t1/2 média mudou de aproximadamente 10 horas em indivíduos saudáveis e em indivíduos com insuficiência hepática leve para 13 e 14 horas em insuficiência hepática moderada e grave, respectivamente (ver Posologia). Estudo Minucioso do Intervalo QTc Em um estudo minucioso do intervalo QTc com critérios determinados de maneira prospectiva, em mulheres saudáveis, a desvenlafaxina não causou prolongamento do intervalo QT. Além disso, nenhum efeito sobre o intervalo QRS foi observado.